Em seu livro “O Poder do Hábito”, Charles Duhigg fala sobre Lisa Allen, a participante favorita dos cientistas que realizavam o estudo. A mulher conseguiu mudar radicalmente sua vida. Lisa havia adquirido hábitos desde os 16 anos, fumava e bebia demasiadamente, tinha problemas com peso, não conseguia se manter estável em nenhum emprego e era perseguida pelos órgãos de cobrança pelo número de dívidas contraídas. Aos 34 anos, a mulher que se encontrava na frente dos especialistas era outra. Não colocava um cigarro na boca a mais de quatro anos, começará uma pós-graduação, não aparentava a idade que tinha, as pernas eram torneadas, se tornará uma corredora.
A mudança ocorrida na vida da participante foi consequência da troca de hábitos. Como a própria Lisa conta, ela havia chego ao fundo do poço. E em uma viagem ao Cairo para fugir de seus problemas, o inverso aconteceu e ela teve uma reflexão maior sobre todos eles. E olhando para o deserto colocou como meta fazer uma trilha por ele algum dia, e sabia que para conseguir executar a meta precisaria então perder alguns hábitos. Foi o que ela fez, e tempo depois conseguiu realizar a meta e como bônus havia perdido hábitos que tanto lhe faziam mal.
O exemplo de Lisa nós leva a avaliar o que estamos fazendo e quais hábitos poderiam ser eliminados para que possamos atingir as metas que queremos. Se a prática de uma atividade repetidamente se torna um hábito e a excelência é um deles, o que podemos fazer para alcançar a excelência em nossas ações?
A resposta é: Aprender e praticar e ao mesmo tempo analisar o que estamos fazendo.
Segundo pesquisas realizadas por Jane Wardle, do University College de Londres, publicado no European Journal of Social Psychology, precisamos de pelo menos 66 dias para transformar uma atividade em algo automático, sem que seja necessário o uso de força de vontade para concretiza-la. Ou seja, em praticamente dois meses podemos ações em hábitos, e aqui estamos falando da transformação das boas ações em bons hábitos.
É importante traçar metas e conseguir dar razão aos hábitos que estamos criando ou alterando. Um outro exemplo citado no livro é o de Paul O’Neill, que transformou a Alcoa em uma das empresas mais seguras dos Estados Unidos. O’Neill, avaliou um ponto da empresa que não era visto pelos outros gestores, e então conseguiu destruir um hábito – a segurança dos funcionários, antes de sua entrada a empresa registrava pelo menos um acidente por semana, quando O’Neill deixou a empresa, algumas fábricas haviam deixado de registrar acidentes há anos – que prejudicava o funcionamento de toda empresa, com isso aumentou os lucros e o valor da organização no mercado.
Temos a vida inteira para assumirmos novos comportamentos e criarmos novos rumos para nossa vida, no mercado de trabalho temos um pouco menos de tempos, mas as mesmas oportunidades quando nos motivamos a isso. Nosso cérebro é plástico, e estaremos sempre aprendendo, a questão é filtrar os comportamentos que podem realmente nos tornas excelentes.
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